No post "Aveiro rema em seco", Jorge Afonso deixou recentemente o seguinte comentário que aqui transcrevo na íntegra: «As últimas “bocas” sobre a Pista de Remo do Rio Novo do Príncipe são isso mesmo… São o fruto de especulações, várias, da parte do sr. Presidente da Federação Portuguesa de Remo e de alguns jornalistas, como mais à frente, facilmente, se demonstrará.
Os jornalistas fazem o seu papel, aproveitando as ditas “bocas” para criar notícia. Fazem-no mal porque, não procuram ouvir as diversas partes envolvidas tais como: o clube residente da Pista, a Colectividade Popular de Cacia e o clube dos Galitos de Aveiro como clube da região de largos e significativos pergaminhos na modalidade.
Estes dois clubes, em especial o de Cacia, estão bem inseridos no processo da referida Pista e, como tal, deviam ser ouvidos pelos jornais regionais. Não sendo, as notícias acabam, muitas vezes, inquinadas.Para mais, a notícia do jornal “Expresso” baseia-se em afirmações do actual presidente da F. P. de Remo, sr. Rascão Marques, homem de Coimbra, que dando asas de águia ferida à sua já comprovada incompetência e bairrismo serôdio, deu ao jornal “Expresso” alguns palpites grosseiramente interesseiros, de uma conversa protocolar tida com o Secretário de Estado, Laurentino Dias, em que este lhe terá dito que, não tinha, neste orçamento, verba disponível para que o Estado cumprisse a sua parte do protocolo assinado com o então presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Alberto Souto.
É lógico que, tendo o protocolo a vigência de cerca de dois anos, o Governo teria de esperar que, a Câmara de Aveiro conseguisse os 50% de financiamento que lhe compete. Assim sendo, depois de conseguido o montante camarário, o Estado terá de cumprir a sua parte, o que, provavelmente acontecerá no próximo orçamento porque, os compromissos, escritos, são para se cumprir e mal irá um país que tem largos e abundantes milhões de euros para investir no Futebol e, não os tem, ou os nega, a uma modalidade desportiva que, não possui um estádio digno desse nome.É normal que assim seja. Normal não é, nem ético e muito menos demonstrador de competência que, o sr. Rascão Marques use pormenores da conversa com o Secretário de Estado, para especular e tentar pôr em causa a Pista do Rio Novo do Príncipe. É uma atitude indigna de um presidente de uma federação que devia estar interessado, isso sim, em mais uma Pista até porque, a Pista de Montemor, conseguida por favores de corredor do então governo socialista de António Guterres, nunca será uma boa Pista de Remo: não tem clube residente, é demasiado batida pelos ventos, tendo um plano de água turbulento e de águas estagnadas, não possui as infra-estruturas necessárias e é deslocada geograficamente. Quem sabe de Remo percebe que a Pista de Montemor é boa para a Canoagem mas, de péssima qualidade para o Remo. A demonstrá-lo está o facto de, a selecção Olímpica da Holanda, ter escolhido Cacia para os seus estágios e não a Pista do sr. Rascão Marques!
A Pista do Rio Novo do Príncipe tem várias valências, que esperam há dezenas de anos, desportivas, industrias, agrícolas e ambientais, sendo por isso desejada e sustentável.
Sem ventos e contra marés, o projecto da Pista de Remo de Cacia, foi devidamente encarado nos dois mandatos camarários de Alberto Souto e, continua a sê-lo pelo actual executivo camarário presidido por Élio Maia. Pelo Remo e pelas tradições que tem na região de Aveiro, bem hajam!
Finalmente, este executivo camarário, com as verbas já conseguidas, tem condições para começar com as obras da Pista e, desse modo evitar que elementos perturbadores ponham em causa uma aspiração com dezenas de anos, de Cacia e da região de Aveiro!»
Jorge Afonso