Código da Vivência

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Eleições vezes três.

Nos últimos tempos, tenho apreciado a dinâmica criada pela sobreposição de eleições no país. É interessante ver as campanhas dos partidos e dos candidatos nas ruas. É engraçado rir com as gaffes dos políticos. É espectacular ver os Gato Fedorento a esmiuçar os sufrágios. É desafiante discernir os bons políticos, daqueles que são assim-assim e dos que... pronto, estavam bem era a colar cartazes. É estimulante descobrir boas propostas nos programas eleitorais. É difícil perceber alguns slogans dos cartazes. É giro ver gente altiva que se esforça por ser simpática. É um exercício intelectual constante o de se tentar encontrar coerência em argumentos que são repetidamente subvertidos. E... é uma grande paródia, é o que é. Mas tem tido, claramente, o efeito na sociedade de a envolver com a política. Ao contrário do que alguns querem fazer crer, acho que a democracia portuguesa, com todos os defeitos que lhe reconhecemos, até está de boa saúde. Merecia, porventura, uma maior capacidade dos seus "líderes". Sobretudo, a capacidade de gerar consensos em matérias que são cruciais e sobre as quais, a nossa experiência e a experiência que nos chega lá de fora já é quanto baste para se ter aprendido alguma coisa.
Enfim, que este pagode provocado por tantas eleições juntas tenha o condão de estimular o sentido crítico de um povo demasiado amarrado a preconceitos e estereótipos. E tão carente de liderança.

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