Código da Vivência

quinta-feira, 1 de junho de 2006

A questão do "peso"

Fala muitas vezes na falta de peso político de certos deputados municipais. Alargando um pouco o âmbito da análise, pode afirmar-se que Aveiro não tem peso político?
Não tem, não. Mas foi sempre assim. Aveiro não tem nomes sonoros nem importantes na vida política nacional...
Não é uma fábrica de talentos políticos, é isso? O que é que falha, se é que falha alguma coisa?
Algum liberalismo e algum sentido excessivo da tolerância. Os aveirenses não são muito combativos na defesa dos seus pontos de vista e dos seus interesses; são colaborantes e dialogantes e não batem o pé, e era importante que o fizessem. Por outro lado, estamos na província, Lisboa fica muito longe, e temos tido poucos aveirenses, do ponto de vista distrital, no Governo e em cargos de liderança. E depois não temos lobi político aveirense, ao contrário de Coimbra; Coimbra teve sempre, desde Bissaya Barreto para cá, um aparelho montado, bairrista e solidário. Aveiro não. Depois, Aveiro-distrito não tinha universidade e não tinha, portanto, uma elite intelectual, que agora começa a ter. Começa a haver um corpo, uma inteligência universitária radicada e interveniente na vida cívica. Elite social, Aveiro não tem e não teve desde que o Marquês de Pombal liquidou os duques de Aveiro; não voltámos a ter uma elite aristocrática e isso é bom, por um lado, mas mau em termos de influências sobre a capital.Por outro lado, somos individualistas: os aveirenses não se juntam, não têm força de conjunto – só pontualmente e pouco.

9 Comments:

At quinta-feira, junho 01, 2006, Blogger Al Berto disse...

Viva Nuno:

Na generalidade concordo com o Carlos Candal.
Mas convém não esquecer que foi em Aveiro que foram realizados os Congressos da Oposição Democrática, ponto alto de denúncia e combate ao antigo regime salazarista.

Na verdade, o facto de não termos uma universidade penalizou Aveiro ao longo dos anos...e muito.

Hoje penso que a realidade já é diferente. Coimbra, e não digo isto com gosto nenhum, é uma cidade velha, decadente do ponto de vista industrial e se lhe tirassem a universidade (também ela já ultrapassada pela de Aveiro em qualidade de ensino) e a área da saúde...não sei o que lhe aconteceria.

Aveiro pelo contrário tem a virtude de não subsistir á sombra da sua universidade...ainda que esta seja uma peça fundamental para o seu desenvolvimento consolidado.

Penso que são duas realidades diferentes e como tal com características próprias.
Para mim Aveiro é uma cidade para o futuro e com futuro.
Não digo o mesmo de Coimbra.
Na hora do investimento isto é que conta para o empresário...e não os políticos em Lisboa...que cada vez mandam e irão mandar menos.

Relativamente á qualidade dos políticos aveirenses e da sua "influência" em Lisboa...bom o Candal é que tem a palavra através do seu já longo percurso político.
Eu, para ser franco, como aveirense também esperava mais dele.

Um abraço.

 
At quinta-feira, junho 01, 2006, Blogger Migas (miguel araújo) disse...

Caro Nuno
Eu diria de outra forma.
Isto não é uma questão de "peso". É uma questão de "falta de peso".
E é uma realidade há muitos anos sentida nesta Aveiro politicamente ausente e não aceite.
Aliás é um dos principais fundamentos que eu defendo para a não regionalização, da forma como ela está pensada (se vires os meus post's sobre o tema).
É a dependência total a Lisboa ou à sua filial - Coimbra. Por quem, obviamente, não morremos de amores (e nada tem com o facto de te dividires entre lá e cá - são outros valores).
Abraço

 
At sábado, junho 03, 2006, Blogger Terra e Sal disse...

Meu Caro Nuno:
Pese embora já ter tecido um comentário no “Notas,” não resisti a também aqui, no seu Blog “apartidário” (você consegue enganar o pessoal, vai-me dizer qual o curso que frequenta) tecer algumas considerações.

A entrevista do Dr. Carlos Candal, está boa, está ao seu estilo, e tal como diz o “Marechal,” é um discurso de circunstância…
Mas se fosse ao vivo, numa rádio ou até num comício, tenho a certeza que seria igualzinho, é um estilo que eu admiro, e gosto.

Sabemos que tem um estilo muito peculiar de estar na política.
Muitos criticam-no por isso, mas é ele, sempre assim foi, tem e teve sucesso com esta personalidade e carácter.
Tal como nas barras dos tribunais quando defendia uma causa.
Entras nas coisas, vive-as, sente-as emocionalmente.
Funciona nos mesmos moldes que na política, era e é um advogado inteligente, respeitado e de capacidades muito acima do normal.
Daí o seu sucesso na advocacia, sobejamente reconhecido

Partidariamente ele demonstra ser solidário com os camaradas, embora pareça faze-lo com algum distanciamento o que não acontece, “diz ou escreve uma coisa para ser ouvida e lida de forma diferente.”

Esta dedicação aos seus camaradas, é do género de outro camarada seu, e também ele fundador do PS, que é Mário Soares.
Sempre foi solidário com os seus correligionários, e lutava por eles quando estavam em dificuldades até às últimas consequências.
Quantas vezes mesmo prejudicando a sua vida pessoal e política.

Sobre o peso ou falta de peso político de Aveiro, eu penso que efectivamente não há um grande interesse dos políticos por Aveiro, sei lá, talvez mercê, de muita falta de qualidade nos deputados que elegemos, sejam de que partido forem, e aliado a essa falta de qualidade temos manifestamente muita falta de bairrismo.

Começamos a enumera-los e temos dificuldades de reconhecer verdadeiro mérito, seja a quem for e de que partido for.
Eu só admiro um político que eu saiba de antemão que na sua vida profissional se destacou.

Custa-me muito aceitar aqueles que, sendo um falhanço completo na “vida civil” se arvorem seja no que for, tenham andado pela Europa, por Lisboa, por Câmaras, ou Juntas de Freguesia.
Quem não se “safa” numa coisa, pior será noutra que teoricamente é muito mais exigente ou que pelo menos deveria ser mais exigente.

Depois Aveiro, “Cidade da liberdade,” está muito espartilhada, politicamente não está bem definida, embora se acentue vantagem para a “direita” em todo o distrito, e vá lá compreender-se o porquê.

Ele que me desculpe mas não concorda com o Mostardinha quando realça Aveiro por aqui se ter efectuado os Congressos da Oposição.

Eles efectivamente faziam-se cá, mas a maioria dos participantes vinham de fora, e vemos muitos poucos remanescentes desses momentos altos de que, com razão e satisfação nos vangloriamos, mas só para um dia a história os narrar, e poucos de "´nós" lá constaremos, e se calhar aquele que mais nos ajudou,Dr. Valle Guimarães, será "apagado" como apagado está agora.

Penso também, que termos estado debaixo da bandeira do CDS tantos anos não nos ajudou em nada politicamente, aliás, penso mesmo que só adveio prejuízos com isso.
Este meu pensamento, que sei ir ser mal interpretado por alguns, nada tem a ver com as capacidades e empenho dedicado ao concelho, pelo do Dr. Girão Pereira e pela sua equipa.

Refiro-me propriamente ao partido CDS, que a nível nacional não tem representatividade nenhuma.
E tal como o PCP ou Bloco de Esquerda, será sempre, um “apêndice,” quer a nível nacional, ou local.
Servirá apenas e só, de contrapeso, para ajudar ou prejudicar o PS ou o PSD, únicos partidos de governação.

Falar dos “deputados” da Assembleia Municipal é o mesmo que falar da Câmara, estão todos bem uns para os outros.
A qualidade é igual, havendo em minha opinião um ou dois nomes de realçar no PSD e alguns, poucos mais no PS.

Todos sabemos que tanto o Bloco de Esquerda como o PCP tem cada um apenas um elemento.
São trabalhadores, participativos e interessados, e aí sim, têm tudo, menos peso politico.

Mas o povo é quem mais ordena, e têm o que escolheram, para os “servir”

E o que aqui estava aqui em causa era a entrevista do Candal, e eu larguei-o de mão e como sempre perdi-me e espalhei-me saindo do tema.
Vou-me embora.
Um abraço Nuno.

Ahhh, ía-me esquecendo:
Achei interessante aquela caxopinha o ter descoberto aqui, com que então andava escondido hein?

 
At sábado, junho 03, 2006, Anonymous Anónimo disse...

Apenas dois comentários e deculpem a intromissão, que eu de política não percebo nada.

O primeiro para dizer que sempre admirei o Dr. Carlos Candal como figura de referência política de Aveiro e como pessoa; quanto à primeira faceta, esta entrevista salta-me aos olhos como um verdadeiro hino ao saudosismo, ou seja, depois de mim e no PS, muito caminho ainda há a percorrer. Posso estar enganado, mas são as tais entrelinhas do Dr. Candal...

Quanto aos políticos´, caro T&S, deputados ou não, que não lhe merecem qualquer consideração se não tiverem atrás de si um percurso profissional sólido, não poderia estar mais de acordo.
Abro uma excepção, talvez querendo com ela abranger uns quantos que exercem essa actividade com brio e pundonor, exactamente para o Afonso Candal, uma vez que a única actividade profissional que se lhe conhece é exactamente a de ser político (deputado) e, honra lhe seja feita, embora nunca tenha votado no PS, tenho acompanhado o seu trabalho e dedicação ao círculo que o elegeu, sendo esse um exemplo de quem pode dignificar esse cargo sem nunca ter exercido outra actividade profissional.

Quanto aos apêndices e quejandos, talves seja mais um caso para cirurgia do que para comentário; o peso político de Aveiro (ou a falta dele) é que me parece ser responsabilidade de todos e tão pertinente e actual para agora se vir dizer que a culpa é deste ou daquele.

Todos têm a obrigação de tudo fazer para o recuperar e aumentar.
Cumprimentos.

 
At sábado, junho 03, 2006, Blogger Al Berto disse...

Caro Terra & Sal:

Os meus cumprimentos.

"Esta dedicação aos seus camaradas, é do género de outro camarada seu, e também ele fundador do PS, que é Mário Soares.
Sempre foi solidário com os seus correligionários, e lutava por eles quando estavam em dificuldades até às últimas consequências.
Quantas vezes mesmo prejudicando a sua vida pessoal e política."

Mas, durante estes anos todos, onde andou o amigo?
Foi escolher logo o pior exemplo possível, existente, na política.

Mário Soares sempre ostracisou quem lhe fez frente desde o 25 de Abril e começou exactamente dentro do próprio partido, normalmente com argumentos inadequados e reprováveis.

Não me vou alongar muito mas refiro só dois casos que são amplamente do conhecimento público:

- O primeiro com o seu "irmão de jornada" Salgado Zenha, a quem o PS e o próprio Mário Soares devem muito do seu património político e que, tendo sido a bandeira do PS na luta contra a Unicidade Sindical, veio a ser alcunhado de comunista pelo próprio MS quando lhe interessou explorar o anticomunismo primário dos portugueses de então;

- O segundo mais recente passou-se com Manuel Alegre nas eleições para a Presidência da República. Não foi tão longe na provocação porque os tempos são outros e a história não se repete.

Estes foram os seus dois maiores amigos e defensores mas, pelo atrevimento que tiveram de pensar pela sua própria cabeça, valeu-lhes da parte de Mário Soares esse ostracismo.

Mário Soares teve o seu tempo e o seu mérito, ninguém ousa por isso em causa, mas em termos de solidariedade política não é exemplo para ninguém e, desculpar-me-á, também não é verdade que tenha prejudicado a sua vida pessoal e política em solidariedade com nenhum dos seus correligionários.

O mesmo se não poderá dizer deles.

Numa coisa tem o Terra & Sal razão, Carlos Candal teve os mesmos procediemntos políticos do Mário Soares...só que limitados ao Distrito de Aveiro.

A história está escrita e essa ninguém consegue alterar.

Cumprimentos.

 
At sábado, junho 03, 2006, Blogger Terra e Sal disse...

Caro Nuno
Permita-me sinteticamente responder ao nosso amigo Anónimo

Meu Caro Anónimo:
Quero dizer-lhe que no meu desalinho de comentário, falei de “universalidades”

Saiba que não destaquei o Afonso Candal, e acredite que enquanto escrevia, ele e mais alguns que sei destacarem-se politicamente, vieram-me ao pensamento.

Sinteticamente digo-lhe sem problemas que admiro o Afonso Candal, já que, ainda jovem, vai impondo-se,aliás impos-se já, por mérito próprio.

Penso mesmo ser o nosso melhor deputado a nível distrital, e dos melhores a nível nacional.
As responsabilidades de que está incubido na Assembleia da Republica, e até no PS, disso são testemunha.

Mas uma “análise” generalizada é como um “massacre.”
Você com toda a certeza compreende isso.
E com isto não me estou a contrariar no que antes afirmei.
Continuo a pensar que até por uma questão de "ética civica" devia ser como penso

Eu sei que muitos são castigados inocentemente, e dão o seu melhor à causa que abraçaram, mas há muitos que por diversas circunstancias a causa é que os abraçou a eles, e eles sem paixão deixaram-se seduzir pela causa.

Depois os bons,os que vivem com paixão aquilo que fazem, sofrem as consequências por no seu seio existirem muitos "proxenetas" maioritariamente maus, fracos, os que não prestam mesmo, e nos “contaminam” a alma e a Razão.

Além de que, quando se faz um “julgamento” seja qual for, e a quem for, é tudo sempre muito subjectivo.
Mas sentenças tem de haver sempre, custe o que custar ao "juiz"

Depois de política todos nós gostamos já que, se isso não acontecesse, o mundo nem andava nem desandava, e disto depreende-se que muitas vezes apenas desanda.

E já que falou no Afonso que pelos vistos tem o nosso sentimento comum, de estima e admiração, deixe-me citar-lhe outro político de maior destaque nacional que admiro também, pese embora os "prejuízos pessoais que tem feito cá por casa".

Reporto-me ao nosso Primeiro-ministro José Sócrates, que ao que me parece e tanto quanto sei,parece-me que apenas foi funcionário da Câmara de Castelo Branco, e mesmo assim por muito pouco tempo.

E nem por isso, reconheçamos,deixou de ser um bom político (surpreendeu-me mesmo) e um bom gestor,

Infelizmente de uma “massa falida”...
Cumprimentos.

 
At sábado, junho 03, 2006, Blogger Terra e Sal disse...

Ei Nuno, só mais este comentareco, depois "desapareço"

Meu Caro Mostardinha:
Parece impossível o meu Amigo andar há tanto tempo metido nessas coisas da política e ainda não compreender quanto Meretriz ela é.

Vem falar-me de disputas de poder, que são sempre “guerras” como se as guerras tivessem lógica ou moral.
Com isto refiro-me à “guerra” entre Salgado Zenha, um grande saudoso e distinto homem político, contra um “gladiador” nato e não menos distinto político Mário Soares, com todos os seus defeitos e virtudes.

Quando destaquei Mário Soares, não lhe teci qualquer tipo de elogio de deslumbramento, embora ele mereça a minha homenagem, e penso que de todos os portugueses, dos que gostam, e mesmo dos que não gostam dele.
É que a história já foi escrita, falta só passar para papel limpo.

Ele é parte de um Portugal Livre.
Com todos os seus defeitos que sei serem muitos, também se não os tivesse, ou não os mostrasse, mesmo Ateu como é, já tinham “pegado” nele e mesmo vivo tinha sido já canonizado, tantos milagres fez.

As lutas partidárias feitas pelos políticos, são sempre de algum modo “fratricidas.”
No fim e durante uns tempos, ou há “feridos” de “morte”ou “beicinhas” que se prolongam até ser preciso mostrar novamente os dentes da fraternidade.
Mas há também aqueles que entram e saem delas, jactando-se de gozo, só pelo gozo que tiveram em chatear os outros.

Não vale a pena aqui enumerar as “batalhinhas” a nível local, nacional, mesmo internacional, acho não tem interesse, mas sabemos que isso é feito entre “irmãos” como diz, e tal como na família, quando há herança para repartir, “esfolam-se” uns aos outros.
E falar de Intersindical ou UGT nem vale a pena “pegar” no assunto, não quero.
Aliás só lhe estou a responder por consideração pessoal.

Todos os partidos têm histórias, umas tristes outras alegres.
Como estamos dentro de comentários sobre Socialistas, poderíamos falar de outras “guerras” que também aconteceu e já estão “esquecidas.”
Salgado Zenha; Mário Soares; Gueterres; Jorge Sampaio; Vítor Constâncio; João Soares; Manuel Alegre; Sócrates etc etc etc.

Com muita “cortesia” vão-se dando sempre uma ou outra facadita, às vezes a lâmina entra mais fundo, e o “parceiro” fica arrumado e lá se acabou a “fraternite” e a “solidarite.”
Não viu também os casos de Santanas e companhia?

Mas isto são assuntos que dizem respeito á vida interna de cada partido e isso não me interessa estar aqui a especular.
Quando teci considerações elogiosas sobre Mário Soares ou Carlos Candal, fi-las porque os admiro pessoalmente e politicamente.

Continuo a dizer que são solidários, com todas as consequências, seja essa solidariedade porque precisam temporária ou não.
Isso já é outra história.

E sobre o Manuel Alegre, não obstante a admiração “cega” que o meu Amigo pensa que eu tenho por Mário Soares, quero que saiba que o Alegre já teve a oportunidade ser “avalizado” por mim.

Mas não diga nada, que estes são os tais casos de quebra de solidariedade, e se o Mário Soares sabe desta circunstância, lá se vão as benesses que até hoje usufruí do “proteccionismo” que tem dado à minha pessoa.

É assim deste modo que os políticos são ou não solidários, que defendem ou queimam vivos aqueles que estão a seu favor ou contra as suas ideias, mas já sabia disto não já?

E sobre o assunto estamos falados Amigo Mostardinha.

Cumprimentos.

 
At sábado, junho 03, 2006, Blogger Al Berto disse...

Ponto final...parágrafo, caro Terra & Sal.

Cumprimentos.

 
At domingo, junho 04, 2006, Blogger Nuno Q. Martins disse...

Terra & Sal, não faça cerimónias em relação aos comentários, muito menos ouse desaparecer! Afinal de contas, já o considero como parte desta casa "apartidária" (como muito bem classificou). Não poupe nas palavras porque preciso de bom investimento e o Terra & Sal a isso me habituou.

Qunto à "cachopa", já não a via há algum tempo e também fiquei surpreendido. Já fui conhecer a sua casa blogosférica e já a adicionei aos meus percurosos "obrigatórios". Agora que sei onde mora, irei visitá-la mais vezes.

Um abraço.

 

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