Processo evolutivo...

O sinuoso caminho da vida como que desvanece. No seu lugar, emerge-se uma escada que impele os audazes a subir.
No horizonte, apenas se vislumbra o destino dos sentimentos. Um qualquer lugar, transitório como todos, onde a espiritualidade da vida humana conhece o seu sentido.
Esta escada não tem corrimão. Quem a subir, só pode agarrar-se a si próprio. À sua confiança e à humildade de saber que, a qualquer momento, pode cair. E nesse receio, nessa aparente insegurança, escondem-se os mais belos e genuínos sentimentos. Assumi-los e vivê-los é a fórmula da confiança que, paulatinamente, eleva o Ser, degrau a degrau, nessa infinita escada repleta de vivências. Cada degrau que se sobe, representa uma conquista do patamar que permite alcançar o seguinte. E o sentido da vida encontra-se, naturalmente, neste processo evolutivo.
A transcendência acontece... todos os dias.
10 Comments:
Ultimamente andas um chato de um filosófico!
Cada dia é uma nova construção, um novo degrau, uma nova etapa. O facto de não termos corrimões dá-nos a falsa sensação de insegurança. Estar seguro é estar consciente dos riscos de se corre e, mesmo assim, com cautela e alguma ousadia, continuar a subir... :)
Beijinhos grandes ***
Um Viva à Vida...
Eu concordar contigo até sou capaz de concordar, infelismente a minha vida é a excepção à regra dessa teoria. Eu repito e repito e forço e forçam-se a repetir vivências e experiências que eu já passei...
JMO:
Eu não ando. Eu sou mesmo um chato. E gosto sempre que alguém me avise. :)
Cakau:
Exactamente! As cautelas a ter são as normais quando interagimos com terceiros. Resume-se ao necessário e natural respeito pelo próximo. A parte da ousadia é mesmo connosco. Com o nosso "Eu". ;) Beijinhos grandes retribuídos.
Azoth:
Obrigado por esse "Viva à vida". Estamos cá para "viver" e nem tanto para ir "vivendo"...
Sweet About Me:
O que aqui escrevi não é nenhuma teoria nem se aplica, necessariamente, a todas as pessoas. É apenas uma reflexão muito pessoal. Uma forma de equilíbrio que eu vou descobrindo e por aqui partilho. Tenta abordar essas vivências de uma forma reflexiva e tenta extrair delas algo... mas não forces nenhuma conclusão. Lembra-te que os acontecimentos da vida não são entendidos, na plenitude, no mesmo momento em que acontecem. Paciência é sabedoria.
A razão permite ao Homem a realização completa pelo domínio dos seus sentimentos...mas se tudo acontecesse deste modo perder-se-ia todo o sentido do ser...pois a nossa força criativa decorre desses sentimentos que desempenham um papel muito importante ao accionar todos os pensamentos e a materialização de acções (parece um ciclo???).
Concretizando; no nosso subconsciente encontram-se as emoções, expressão natural de sentimentos, no nosso consciente está a razão que guarda as emoções vividas anteriormente, para, ao filtra-las conscientemente e espiritualmente construir sentimentos de vivências passadas.
A diferença nos indivíduos está no processo evolutivo (destacado no teu texto brilhante) que cada um adopta...Assim, se o individuo aceitar mover-se por instintos e irracionalidade, vive num subconsciente, cheio de emoções que lhe provoca muitas quedas nessa subida sem corrimão, em que a confiança nos actos e em si próprio poderá ser bem mais diminuída, Se, por outro lado, o individuo é levado pela espiritualidade, assumindo o livre-arbitrio e todas as suas consequências, é levado de forma consciente a sentimentos reflectidos que lhe permitem subir qualquer escada sem corrimão com grande confiança; permite-se desta forma a uma evolução constante...não evitando eventuais quedas mas erguendo-se de forma mais consciente e com maior confiança pelo auto-conhecimento adquirido.
Eu prefiro o equilíbrio disto tudo, para que não se perca o Sentido do Ser…e estou a racionalizar novamente…lol A vida é feita de momentos, temos de os saber viver da melhor forma e retirar deles a energia positiva. Beijinhos.
Patrícia Fonseca
sr doutor, eu calculei que não tivesses a referir-te à minha vida. Eu é que li e analisei para dentro. E sou assim, uma repetição de erros ciclicos. Mas nesses erros que vou revivendovou fazendo coisas novas, como adorrmecer a meio, percebes?
Patrícia:
A partir de um texto tão simples que eu escrevi, quase conseguiste escrever uma tese! :)
Pessoalmente, só não estou em sintonia contigo em relação ao equilíbrio. Se ele existe, é em sentido muito lato, pois somos seres eternamente (enquanto durarmos) satisfeitos. Acho que a vida é composta de momentos. Nalguns prevalece a razão, noutros a emoção. O nosso livre-arbítrio residirá, eventualmente, na gestão que conseguimos fazer em cada momento. :)
Sweet About Me:
Não há mal nenhum em "analisares para dentro". Aliás, até fico contente pelo facto do texto te convidar a essa auto-reflexão.
Olá Nuno, acho que de satisfeito o ser humano não tem muito....eu pelo menos considero-me a eterna insatisfeita relativamente a algumas coisas da vida...e tento mudar quando essa insatisfação atinge os limites.
O equilibrio de que falava é esse mesmo...em cada momento temos uma das situações, a razão ou a emoção...Acho que n me fiz compreender na tese que escrevi...lol
Beijinhos
No comentário acima queria dizer "insatisfeito" onde disse "satisfeito", como se depreenderá pelo contexto. :)
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