Nem sei que título dar a este post...
Adolescentes assassinam travesti no Porto. Deputado é apanhado pela BT a 200km/h e não se lembra de ter sido autuado quase duas dezenas de vezes. Mário Ferreira, milionário português, paga duzentos mil euros para ir ao Espaço. A administração fiscal vai executar um abuso de penhoras devido aos contribuintes em falta, etc... etc.
Um país tão pequeno e tão "activo"!
Ainda estou a recuperar da meia-hora de televisão que vi hoje. Valeu pelo grupo de idosos que celebrou o Carnaval numa discoteca da Mealhada. Alguns nunca se tinham mascarado. Afinal de contas, a sua infância foi de trabalho. Mais do que ninguém merecem estar felizes...
2 Comments:
Interessante a versatilidade num só post.
A situação ocorrida no Porto dá-nos efectivamente uma sensação muito estranha e o sentimento desconfortante de mau estar.
"Travesti", embora isso não seja importante, creio ser o apelido do infeliz sem-abrigo.Fisicamente indefeso, o que choca ainda mais.
Vivemos com o que educamos!
Não devia haver nada de nada enquanto não conseguissemos ter uma base séria: A Educação.
Enquanto ela andar redia como anda e sempre andou, principalmente nas escolas,não pondo de fora o ambiente familiar com manifesto reflexo no civismo do quotidiano, o nosso país será o mesmo de sempre.
Vai vivendo do Ter, daquilo que vai sacando ou esmolando, aqui e acolá!
Os Brasis, as Áfricas,a Emigração, os Fundos Europeus, têm sido a base da nossa sobrevivência medíocre de fato e sapato engraxado, mais nada.
Empurramo-nos sempre para trás dos outros e culpamo-nos uns aos outros, sem vermos ou termos a coragem de ver para tomarmos a atitude certa!
Ninguém se preocupa seriamente com o Ser, apenas com o Ter.
Tudo falhará enquanto não tivermos pilares sérios de sustentação e sustentabilidade social e ela está apenas e só na Educação.
A triste ocorrência no Porto é mais uma das vertentes desta nossa incapacidade de formarmos uma verdadeira sociedade, onde dê gosto viver e em que não nos tenhamos de envergonhar uns aos outros!
Cumprimentos
Terra & Sal
Relativamente ao teu comentário, acho que é preciso relevar 2 factores: 1º os agressores não são miudos normais, não vivem uma vida normal, por isso não poderão ser também avaliados segundo os padrões de uma sociedade normal. na verdade, eles são de um dos colégos que alberga jovens problemáticos e com valores absolutamente invertidos. Relativamente ao travesti sem abrigo, é óbvio que houve um desrespeito atróz pelo ser humano, mas penso que se não foi por ser homossexual mas por ser diferente (podia até ir mais longe e acreditar que há aqui nesta acção uma acção de crime-castigo) mas se ele fosse coxo, preto, defeciente, ou um tipo absolutamente dentro dos padrões normais teria provavelmente acontecido o mesmo. O facto de ser travesti suscita curiosidade e escárneo ao mesmo tempo. Como eles são jovens com valores invertidos em que "já nada têm a perder" o gozo passou rapidamente à agressão.
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