Código da Vivência

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

Liberdade de expressão

(Imagem do Estradas Proibidas)

No final da manifestação a favor da liberdade de expressão, que se realizou frente à embaixada da Dinamarca em Lisboa, apareceu um indivíduo exibindo uma bandeira com uma céltica estampada, um dos símbolos associados à extrema-direita. Para ele não houve "liberdade de expressão" que lhe valesse pois foi levado pela polícia. Uma situação que suscipta obviamente várias questões.
Sou da opinião que as sociedades democráticas em nome da preservação da democracia, enquanto expoente da própria liberdade, não podem tolerar movimentos ou ideologias que a ponham em causa. Podemos discutir e defender tudo desde que não coloquemos em risco as bases que sustentam essa mesma liberdade de pensamento e de expressão.

6 Comments:

At terça-feira, fevereiro 14, 2006, Blogger VerDesperto disse...

Parece-me claro que este assunto todo é um caso de violação dos limites à liberdade de expressão que serão indissociáveis a uma vivência civilizada e democrática. E negar isto, ou tentar escapar-lhe, pode assemelhar-se muito a uma tentativa de consagrar a agressão provocatória a sentimentos alheiros como forma corrente do exercicio da liberdade.

 
At terça-feira, fevereiro 14, 2006, Blogger VerDesperto disse...

Errata: sentimentos alheios e não alheiros.

 
At quarta-feira, fevereiro 15, 2006, Blogger Carlos Martins disse...

pergunta: não serão os movimentos de extrema esquerda também um potencial perigo contra a propria democracia? Se ha duvidas, basta olhar para os exemplos por esse mundo fora...

Haja bom senso, mas também honestidade política...

 
At quarta-feira, fevereiro 15, 2006, Blogger Nuno Q. Martins disse...

Se entendermos a extrema esquerda na linha de Estaline, sem dúvida. Os extremos "tocam-se" e partilham os mesmos defeitos emergentes da intolerância.

 
At quinta-feira, fevereiro 16, 2006, Blogger João Branco disse...

Nuno, se virmos, a extrema direita e a extrema esquerda são ambas de cariz totalitrário, portanto sairam todas do seu gosto: a fonte de Cabanões!
Foram todos beber á mesma fonte!

 
At quinta-feira, fevereiro 16, 2006, Blogger Nuno Q. Martins disse...

Eu aprecio muito a água de Cabanões, só não percebi a relação entre a dita fonte e o totalitarismo.

 

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