Código da Vivência

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

E se...

5 Comments:

At segunda-feira, fevereiro 27, 2006, Blogger Terra e Sal disse...

Imaginação fertil e nobre que nos obriga a reflectir seriamente.
Um dia só!
Creio que as mentes e as almas se abriam à verdadeira compreensão e solidariedade.

 
At quarta-feira, março 01, 2006, Blogger Pé de Salsa disse...

Todos diferentes mas todos iguais.
Igualdade nas oportunidades de uma vivência mais justa sem barreiras de qualquer espécie!

Para quando?

 
At quarta-feira, março 01, 2006, Blogger Pé de Salsa disse...

Peço desculpa ao Nuno pela quantidade exagerada de caracteres que usarei mas, dada a importância do assunto em questão, considero que valerá a pena perder 5 minutos e ler com atenção a mensagem a seguir:

No Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças especiais.

Algumas crianças ali permanecem por toda a vida escolar,enquanto outras podem ser encaminhadas para escolas comuns.

Num jantar de beneficiência de Chush, o pai de uma criança fez
um discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavam
presentes.

Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal,perguntou:

"Onde está a perfeição no meu filho Pedro, se tudo o que DEUS
faz é feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas
como outras crianças entendem. Meu filho não se pode lembrar de
factos e números como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus?"

Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento
daquele pai, mas ele continuou:

"Acredito que quando Deus trás uma criança especial ao mundo, a
perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta criança."

Então ele contou a seguinte história sobre o seu filho Pedro:

Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns
meninos que o conheciam, estavam a jogar basebol.

Pedro perguntou-me:

- Pai, acha que eles me deixariam jogar?

Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos
meninos não o quereria na equipa. Mas entendi que se Pedro pudesse jogar com eles,isto lhe daria uma confortável sensação de participação.

Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar.

O menino deu uma olhada ao redor, a buscar a aprovação dos seus
companheiros da equipa e mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse:

- Nós estamos a perder por seis rodadas e o jogo está na oitava.

- Acho que ele pode entrar na nossa equipa e tentaremos colocá-lo para bater até à nona rodada.

Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a resposta do menino.

Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o campo jogar.

No final da oitava rodada, a equipa de Pedro marcou alguns pontos, mas ainda estava perdendo pôr três.

No final da nona rodada, a equipa de Pedro marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Pedro foi escalado para continuar.

Uma questão, porém, veio à minha mente: a equipa deixaria Pedro, de facto, rebater nesta circunstância e deitar fora a possibilidade de ganhar o jogo?

Surpreendentemente, foi dado o bastão a Pedro.

Todo o mundo sabia que isto seria quase impossível, porque ele nem mesmo sabia segurar o bastão.

Porém, quando Pedro tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola de maneira que Pedro pudesse ao menos rebater.

Foi feito o primeiro arremesso e Pedro balançou desajeitadamente e perdeu.

Um dos companheiros da equipa de Pedro foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador.

O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Pedro.

Quando veio o lance, Pedro e o seu companheiro da equipa balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador.

O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo. Mas ao contrário disso, o lançador pegou na bola e lançou-a numa curva longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base.

Então começaram todos a gritar:

Pedro, corre para a primeira base, corre para a primeira.

Nunca na sua vida ele tinha corrido... Mas saiu disparado para
a linha de base, com os olhos arregalados e assustado.

Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro fora de jogo, pois ele ainda estava a correr.

Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador e lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem da base.

Toda a gente gritou: Corre para a segunda, corre para a segunda
base. Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores à
frente dele circulavam deliberadamente para a base principal.

Quando Pedro alcançou a segunda base, a curta parada adversária
colocou-o na direcção da terceira base e todos gritaram:
Corre para a terceira.
Quando Pedro contornou a terceira base, os meninos de ambas as equipas correram atrás dele gritando:
Pedro, corre para a base principal.

Pedro correu para a base principal, pisou-a e todos os 18
meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele
tivesse vencido o campeonato e ganhado o jogo para a equipa "dele."

"Naquele dia," disse o pai, com lágrimas caindo sobre face, aqueles 18 meninos alcançaram a Perfeição de Deus.

Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu "filho!"

O facto é verdadeiro e ao mesmo tempo causa-nos tanta estranheza!

 
At quinta-feira, março 02, 2006, Blogger Terra e Sal disse...

Meu caro Nuno:
Permita-me dirigir-me ao, ou à Pé de Salsa.
Achei interessantíssima a sua história, que li de princípio ao fim.
Mais que a história, admirei o seu estado de espírito que “senti”.
Primeiro um comentário simples, cordial, convencional, para com todos aqueles que são um pouco de todos nós.
No primeiro comentário o seu coração achou-o/a “sovina” e não resistiu à ofensa que estava a fazer a si próprio/a.
O carácter não lhe admitiu ficar apenas e só, por aquilo, a consciência obrigou-a a mais, muito mais, e começou a escrever, a escrever, mas a escrever com a alma.
E quando assim é, vale a pena “embarcarmos” nesse espírito, e compartilhá-lo.
Para mim, nem que tenha escrito tudo aquilo, e só eu ter lido, acredite que valeu a pena.
Senti-me bem, por mim, por si, e por eles também!
Pelo modo, pela solidariedade franca e pura.
Obrigado!

 
At quinta-feira, março 02, 2006, Blogger Nuno Q. Martins disse...

Gostei imenso da história.
Não sou muito crente em teorias da perfeição, mas acredito, que a nossa felicidade individual depende da felicidade de quem nos rodeia. Nesse ponto, quando alguém entra na nossa esfera de acção, devemos contribuir para que esse alguém se sinta melhor e isso fará com que também nós nos sintamos melhor. É gratificante.

P.S.- Obrigado pelos excelentes comentários que aqui deixaram.

 

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